Artigo Carla Porto –
O risco de crédito é algo que está presente no cotidiano de qualquer empresa, seja uma empresa da área financeira, seja uma empresa de serviços, comercial ou industrial. No entanto, tendo em conta o negócio ou a área de atividade em que se inserem, as empresas procedem a análises mais ou menos cuidadas do risco da liberação do crédito aos seus clientes.
Desde o estabelecimento comercial de venda ao público que habitualmente não procede a qualquer análise, até às instituições financeiras que procedem a análises bastante exaustivas, existe uma infinidade de casos.
A concessão de crédito traduz-se na disponibilização de um valor presente mediante uma promessa de pagamento desse mesmo valor no futuro, que pressupõe a confiança na solvabilidade do devedor, isto é, de que o mesmo irá honrar os seus compromissos nas datas acordadas previamente. Por outras palavras, o risco de crédito é o risco de perda em que se incorre quando há incapacidade de uma contrapartida numa operação de concessão de crédito. Este risco está intimamente relacionado com fatores internos e externos à empresa que podem prejudicar o pagamento do montante de crédito concedido.
Nas analises desses créditos sempre haverá a possibilidade do Risco e ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.
A Gestão do Risco de Crédito é responsabilidade de todas as unidades de negócios da empresa ate de quem inicia a venda, e ao final ate o pôs venda. São elas que, em suas operações diárias, assumem risco tendo em vista a rentabilidade dos seus negócios.
Cabe a estas áreas aplicar as políticas, procedimentos, sistemas e modelos para a identificação, avaliação, decisão, mitigação e mensuração do risco de crédito, em todo o ciclo de crédito (pré-concessão, concessão, monitoramento, cobrança, recuperação e renovação do crédito).
Para determinar o risco de crédito de um cliente com maior ou menor exatidão, pode proceder-se a avaliações do risco. Estas avaliações podem ser mais ou menos detalhadas e cuidadas de acordo com a atividade em questão e o peso do crédito concedido no total da faturação da empresa.
A classificação e avaliação do risco de crédito de um cliente são normalmente resumidas em um cadastro de crédito, que contém as informações que permitirão elaborar a emissão de um parecer sobre uma operação de crédito. Estas informações estão normalmente incluídas nos seguintes em vários parâmetros de avaliação, como Carácter do cliente, Capacidade de gestão, Valor do património, Garantia de crédito.
Carla Graziela Porto, colaboradora do escritório Giovani Duarte Oliveira, responsável pelo setor de Cobrança. Graduada em Processos Gerenciais e graduanda em Direito.